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Terça-feira, 08 de Abril de 2025
Como as redes sociais estão influenciando o comportamento das novas gerações
Correio do Ar

O mundo mudou — e continua mudando em uma velocidade impressionante. Um dos grandes protagonistas dessa transformação é, sem dúvida, o universo das redes sociais. Plataformas como Instagram, TikTok, YouTube, X (antigo Twitter) e outras deixaram de ser apenas ferramentas de comunicação para se tornarem espaços centrais de convivência, informação, entretenimento e até formação de identidade.
Mas o que isso representa para as novas gerações? Como as redes sociais estão moldando a forma como os jovens pensam, se relacionam e veem o mundo? A resposta é complexa — e envolve tanto oportunidades quanto desafios.
Conectados desde cedo
As novas gerações — especialmente os nativos digitais, como a Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) e a Geração Alpha (nascidos a partir de 2010) — cresceram com o celular na mão. Estão acostumados a rolar telas desde a infância e veem a internet como uma extensão natural de suas vidas. A linha entre o "online" e o "offline" é, para eles, cada vez mais tênue.
Isso impacta diretamente em como se expressam, como aprendem, como se relacionam com o outro e até como constroem sua autoestima.
Influência na autoimagem e autoestima
Um dos efeitos mais visíveis das redes sociais está na construção da autoimagem. Fotos editadas, filtros de beleza, vídeos coreografados e a constante exposição a "vidas perfeitas" criam uma pressão estética e comportamental intensa. Jovens podem sentir que precisam ser interessantes o tempo todo, alcançar padrões inalcançáveis e buscar validação por meio de curtidas e seguidores.
Isso pode gerar:
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Ansiedade social
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Problemas de autoestima
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Comparações constantes
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Medo de ficar de fora (FOMO — Fear of Missing Out)
Ao mesmo tempo, as redes sociais também são espaços onde muitos jovens descobrem sua identidade, se sentem pertencentes a grupos, e encontram comunidades acolhedoras e inspiradoras.
Impactos no comportamento e na atenção
Com tanta informação disponível o tempo todo, é comum que o comportamento dos jovens se adapte ao ritmo das redes: tudo precisa ser rápido, direto, visual. Isso afeta:
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A capacidade de concentração (preferência por vídeos curtos, excesso de estímulos)
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A forma de consumir informação (menos leitura aprofundada, mais conteúdo rápido e superficial)
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O modo de aprender (vídeos curtos, tutoriais, podcasts)
Em contrapartida, esse dinamismo também desenvolve habilidades de multitarefa, rapidez de raciocínio, e uma capacidade de adaptação tecnológica que impressiona.
Relações sociais e empatia
As redes sociais ampliaram as formas de fazer amigos e se conectar com pessoas de diferentes lugares do mundo. Por outro lado, muitos jovens estão perdendo o hábito de interações presenciais mais profundas e desenvolvendo dificuldades em lidar com conflitos reais, fora das telas.
Além disso, o ambiente virtual pode aumentar o risco de cyberbullying, exposição a discursos de ódio e desinformação — o que exige uma alfabetização digital desde cedo.
O lado positivo das redes
Apesar dos desafios, é importante reconhecer o enorme potencial transformador que as redes sociais oferecem para as novas gerações:
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Jovens estão mais engajados politicamente e conscientes de causas sociais
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Encontram espaço para se expressar, criar e se reinventar
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Criam e consomem conteúdo educativo de forma leve e acessível
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Usam as plataformas para empreender, divulgar arte ou ideias
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Desenvolvem senso de comunidade e pertencimento