,

Notícias da Região | Trafico de drogas

Segunda-feira, 01 de Setembro de 2025

Estudante de veterinária apontada como líder do tráfico no Paraná é presa

Correio do Ar

Beatriz Leão Montibeller Borges, de 24 anos, foi presa na última sexta-feira (29) em um apartamento de luxo no bairro de Jacarepaguá, zona Oeste do Rio de Janeiro. A jovem, estudante de medicina veterinária, era considerada foragida e apontada pela Polícia Civil do Paraná como braço financeiro de uma organização criminosa que comandava o tráfico de drogas de dentro da prisão. Segundo as investigações, Beatriz seria namorada do líder do grupo.

A prisão foi realizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, após um pedido de colaboração do Grupo Tigre, unidade de elite da Polícia Civil do Paraná. Beatriz estava foragida desde março, quando a Polícia Civil deflagrou uma operação para prender ela e outros integrantes do grupo criminoso. Na ocasião, foram expedidos 13 mandados de prisão preventiva pelo Poder Judiciário de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, além de 22 mandados de busca e apreensão. Beatriz, contudo, não foi localizada e passou a ser considerada foragida.

Segundo a Polícia Civil, Beatriz, conhecida como a “Bela do Crime”, levava uma vida aparentemente normal e mantinha um perfil ativo nas redes sociais, especialmente no Instagram, onde contava com aproximadamente 15 mil seguidores. A jovem utilizava sua influência digital para passar despercebida e, de acordo com o delegado Thiago Andrade, também para mobilizar e captar pessoas para o tráfico.

As investigações apontam que Beatriz exercia papel de liderança fora da prisão, sendo responsável pela gestão financeira da organização criminosa. “Ela é uma espécie de braço financeiro, ela que pensa a ideia de como vão ser feitas as transações. As transações são feitas para as contas que ela disponibiliza, e ela fica responsável então por fazer a manutenção e a organização dessa parte financeira”, detalhou o delegado.

O grupo criminoso, segundo a polícia, era responsável pela distribuição de drogas em diversas cidades do Paraná, incluindo Curitiba, Pinhais, Piraquara, Matinhos e Foz do Iguaçu. Ainda de acordo com o delegado, as pessoas que atuavam fora da prisão sentiam-se protegidas pelos líderes presos, que continuavam a comandar as operações criminosas de dentro do sistema prisional.

Durante a operação de março, a polícia esteve na residência de Beatriz, onde foi apreendida uma pistola 9 milímetros, arma de uso restrito das forças policiais. Beatriz, no entanto, não foi presa em flagrante, pois não estava no local no momento da abordagem.

A prisão de Beatriz foi possível graças à análise de conversas extraídas de celulares apreendidos em fases anteriores da investigação. “Nós conseguimos captar conversas dela, travadas com o líder dessa organização que também foi preso hoje. Ela seria namorada desse líder da organização”, explicou o delegado.

Após a prisão, Beatriz deve ser transferida para o Paraná, onde responderá às acusações. As investigações prosseguem, pois outros envolvidos no esquema ainda estão sendo procurados pela Polícia Civil.

Fonte: CGN com informações são da Banda B.

COMENTÁRIOS

Deixe seu comentário