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Nacional | Ruy Ferraz Fontes

Terça-feira, 16 de Setembro de 2025

Ex-delegado-geral de SP Ruy Ferraz Fontes é morto em emboscada

Ruy Ferraz Fontes, ex-chefe da Polícia Civil de São Paulo e conhecido por enfrentar o PCC, foi assassinado em Praia Grande (SP) após uma emboscada. O delegado reagiu e baleou um dos criminosos. Autoridades suspeitam de vingança da facção e prometem investigação rigorosa

Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, foi assassinado na noite desta segunda-feira (15) em Praia Grande, no litoral sul paulista. Aos 64 anos, ele foi alvo de uma emboscada quando deixava a sede da prefeitura, onde atuava como secretário de Administração Pública.

Fontes ganhou notoriedade por sua atuação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele chefiou a Polícia Civil entre 2019 e 2022, no governo de João Doria (PSDB à época). Foi responsável, em 2006, pelo indiciamento da cúpula da facção, incluindo Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.

Segundo a investigação preliminar, Fontes foi seguido por criminosos em uma caminhonete Hilux. Tentando escapar, colidiu com um ônibus, teve o carro capotado e, em seguida, foi alvejado por três homens armados com fuzis. O delegado reagiu e chegou a ferir um dos atiradores.

A suspeita é de que o crime tenha ligação com a Sintonia Restrita, braço do PCC responsável por ataques e planos contra autoridades, como os que já envolveram o ex-juiz Sergio Moro e o promotor Lincoln Gakiya. Moro, em rede social, chamou Fontes de “corajoso delegado” e pediu punição exemplar aos assassinos.

Com mais de 40 anos de carreira, Fontes atuou em diversas divisões estratégicas, como o Departamento de Investigações Criminais (Deic) e o Departamento de Narcóticos (Denarc). Em 2019, foi ele quem comandou a transferência de Marcola e outros líderes do PCC para presídios federais.

Autoridades estaduais reforçaram que toda a estrutura de segurança está mobilizada para identificar e prender os envolvidos. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que o governo dedicará “toda energia” à investigação.

Se confirmada a autoria do PCC, o assassinato será considerado a terceira “grande vingança” da facção contra autoridades que enfrentaram o grupo. Entre os casos anteriores estão os homicídios do juiz-corregedor Antônio Machado Dias, em 2003, e do diretor de presídios José Ismael Pedro

Fonte: Notícias ao Minuto

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