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Notícias da Região | Operação Ruína

Quarta-feira, 06 de Agosto de 2025

Gaeco denuncia 24 pessoas por organização criminosa e lavagem de dinheiro após Operação Ruína

Ação que apura vínculos com facção criminosa foi deflagrada em maio e cumpriu mandados em 22 cidades do Paraná, Santa Catarina e São Paulo

O Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo Regional de Curitiba do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), denunciou 24 pessoas investigadas por envolvimento com crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, no contexto da Operação Ruína, deflagrada em maio de 2025. A denúncia foi aceita pela Justiça e agora tramita na 10ª Vara Criminal de Curitiba.

A investigação aponta que os denunciados fazem parte de uma rede criminosa estruturada, supostamente ligada a uma facção criminosa nacional, com atuação voltada para o tráfico de drogas e a lavagem de capitais. Dos 24 acusados, 14 estão presos preventivamente, o que, segundo o MPPR, reforça a gravidade dos delitos e o risco de continuidade das ações criminosas.

A Operação Ruína foi deflagrada em 26 de maio de 2025 e mobilizou uma grande força-tarefa para o cumprimento de diversas ordens judiciais em 22 municípios espalhados por três estados brasileiros: Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

Ao todo, foram expedidos e cumpridos 16 mandados de prisão temporária; 66 de busca e apreensão domiciliar e 52 de busca e apreensão pessoal.

Além disso, o MPPR obteve autorização judicial para o sequestro de cinco imóveis, avaliados em R$ 8,7 milhões; doze veículos, estimados em R$ 1,372 milhão, além de bloquear cerca de R$ 3,7 milhões em dinheiro.

As ordens foram expedidas pela Central de Garantias Especializada de Curitiba. A operação contou com o apoio da Polícia Militar do Paraná e dos núcleos do Gaeco dos estados de Santa Catarina e São Paulo, em uma atuação integrada que envolveu dezenas de agentes públicos.

No Paraná, os mandados foram cumpridos nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa, Rebouças, Fazenda Rio Grande, Balsa Nova, Cianorte, Piraquara, Pinhais, Pontal do Paraná, Araucária, Campo Magro, Maringá, São José dos Pinhais e Colombo. Já em Santa Catarina, a ação ocorreu na cidade de Meia Praia. Em São Paulo, os alvos estavam na capital paulista e nos municípios de São Caetano do Sul, Araçatuba, Sud Menucci, Itapevi, Glicério e Birigui.

A ação foi batizada de “Ruína” em alusão à desestruturação financeira e operacional do grupo investigado. O MPPR ressaltou que o objetivo principal é enfraquecer o poder econômico da organização, impedindo a reinserção de valores ilícitos no sistema financeiro legal.

A aceitação da denúncia pelo Judiciário representa um avanço significativo na responsabilização criminal dos envolvidos. A partir de agora, a ação penal seguirá em curso, com a possibilidade de novas diligências e oitivas de testemunhas.

O Ministério Público do Paraná também destacou que as investigações continuam em andamento e não descartou a possibilidade de novas denúncias, à medida que novos elementos forem sendo reunidos.

Fonte: Umuaram News

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