,

Notícias da Região | Investigação

Sexta-feira, 20 de Dezembro de 2024

Guia espiritual é investigado por abusos sexuais e estelionato; duas vítimas engravidaram

Correio do Ar

A Polícia Civil continua investigando Roderley Amorim Ramos, de 54 anos, guia espiritual preso em 11 de outubro, acusado de abusar sexualmente de pelo menos 11 mulheres. Segundo as autoridades, os crimes ocorreram em um imóvel utilizado como terreiro em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, mas há suspeitas de que práticas espirituais eram usadas para encobrir os abusos.

De acordo com a delegada Cláudia Kruger, 11 vítimas já formalizaram denúncias, sendo que seis delas eram menores de idade na época dos supostos crimes. Investigações também revelaram que duas vítimas engravidaram em decorrência dos abusos. Exames de vínculo genético confirmaram que o investigado é o pai das duas crianças.

Crimes recorrentes ao longo dos anos
As investigações apontam que os crimes podem estar ocorrendo há mais de 13 anos, com o primeiro caso registrado em 2011, envolvendo uma vítima de 12 anos. Denúncias posteriores indicam abusos em 2012, 2016, 2018 e 2024.

Após a prisão do suspeito, outras vítimas se sentiram encorajadas a denunciar. A polícia acredita que o número de vítimas pode aumentar. Além das acusações de abuso sexual, Roderley também responderá por estelionato, pois uma vítima relatou ter sido coagida a fazer pagamentos ao guia espiritual.

Modus operandi do suspeito
Segundo a delegada, Roderley identificava vítimas em situação de fragilidade emocional e as convencia de que os abusos eram necessários para “retirar o mal” de suas vidas.

“Ele se colocava como uma solução para as inquietudes espirituais e emocionais que essas vítimas estavam vivendo. Aproveitou-se da vulnerabilidade delas para justificar suas práticas”, explicou a delegada Cláudia Kruger.

A investigação começou após uma denúncia de uma jovem de 18 anos que procurou o suspeito buscando cura espiritual. Ela relatou que o guia a fazia deitar de bruços em uma cadeira reclinável, baixar as calças e vestir roupas curtas, sob o pretexto de que era um pedido de uma entidade espiritual para afastar magia negra. Outros relatos semelhantes foram feitos por outras mulheres.

O suspeito segue preso à disposição da Justiça, enquanto a Polícia Civil avança nas investigações.

Fonte: Umuarama News por Ric

COMENTÁRIOS

Deixe seu comentário