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Sexta-feira, 11 de Julho de 2025
Polícia Civil apreende arma de uso restrito e anabolizantes durante Operação Delivery em Foz do Iguaçu
Correio do Ar

A Polícia Civil do Paraná, por meio da Divisão Estadual de Narcóticos (DENARC) de Foz do Iguaçu, com apoio da Delegacia de Combate à Corrupção (DECCOR), cumpriu na manhã desta sexta-feira (11) dois mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Delivery. As diligências ocorreram simultaneamente nos bairros Vila C e Jardim Itália, ambos em Foz do Iguaçu.
Durante a ação, um homem de 41 anos foi preso em flagrante após os policiais localizarem em sua residência uma pistola Glock G25, calibre .380, com mira a laser e 18 munições. A presença da mira caracteriza o armamento como de uso equiparado a restrito. Também foram apreendidos dois aparelhos celulares, que serão encaminhados à perícia.
O suspeito não possuía registro da arma. Posteriormente, foi constatado que o armamento havia sido extraviado em 2013, sendo originalmente de propriedade de um servidor da Polícia Rodoviária Federal, fato que resultou também na autuação pelo crime de receptação.
A operação é desdobramento de investigações iniciadas ainda no primeiro semestre de 2025, a partir de informações repassadas pela empresa Mercado Livre, que indicavam o envio irregular de medicamentos e anabolizantes. As encomendas foram despachadas de Foz do Iguaçu e interceptadas no centro de distribuição da transportadora em Cascavel/PR, antes que chegassem aos destinatários finais, localizados em diferentes estados do país.
Foram apreendidos milhares de comprimidos e ampolas contendo substâncias como Stanozolol, Oxandrolona, Trembolona, Clembuterol, Durateston e Testosterona, entre outros anabolizantes e hormônios. Também foram identificadas gomas de mascar contendo Delta-8 THC, substância sintética com propriedades similares ao tetrahidrocanabinol (THC), sem autorização da ANVISA.
As remessas, com origem em laboratórios estrangeiros — especialmente do Paraguai, México e Canadá —, eram endereçadas a diversos estados como Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, com uso de falsos remetentes e códigos identificadores (“GUI”, “PEDRO”, “FL”, “ALX”, “DOUGLAS”), o que indica a existência de uma estrutura criminosa organizada para a remessa de substâncias ilícitas.
O delegado responsável pela operação destacou a complexidade do caso:
“Estamos diante de uma rede criminosa que atua com alto grau de organização, usando a logística de grandes plataformas para distribuir substâncias proibidas. O trabalho de inteligência foi essencial para impedir que esses produtos chegassem aos consumidores finais e para responsabilizar seus articuladores”, afirmou o delegado.
Todo o material apreendido foi lacrado e será submetido à perícia.
As investigações continuam para aprofundar a identificação dos envolvidos na cadeia de distribuição, o rastreamento de fluxos financeiros e a responsabilização por crimes como tráfico de medicamentos, associação criminosa, receptação e lavagem de capitais.
Fonte: Marechal News
Foto: Guia SMI