A Polícia Militar de Umuarama realizou ontem (3), à tarde, uma operação no bairro Dom Pedro II que mostrou, mais uma vez, como a criatividade no mundo do crime realmente não tem limites – especialmente quando envolve esconder drogas sob pedras e árvores, como se a natureza fosse cúmplice por contrato.

Após denúncias anônimas extremamente detalhadas, os agentes partiram para o endereço indicado. O alvo: um jovem de 20 anos que, segundo relatos, fazia do espaço público seu escritório itinerante de venda de entorpecentes. O restante do “estoque” – porque todo bom comerciante precisa de logística – estava cuidadosamente guardado em um terreno próximo.

A operação foi coordenada com precisão: enquanto uma equipe abordava o rapaz que coincidentemente vestia exatamente as roupas da denúncia, outra localizava o esconderijo. E não é que estava tudo lá? Sacolinhas brancas, fita preta, plástico filme… um padrão digno de quem sonha escalar no ramo.

No mesmo local, um segundo indivíduo, de 26 anos, decidiu testar os limites da paciência policial ao se recusar repetidamente a cumprir ordens simples, como manter as mãos na cabeça. A ousadia rendeu a ele uma viagem sem escalas para a delegacia por desobediência.

Para tornar o cenário ainda mais absurdo, tudo acontecia a apenas 600 metros de uma creche, de um posto de saúde e perto de um lago municipal – locais onde, inclusive, crianças circulavam no momento da abordagem. Porque nada diz “responsabilidade social” como vender drogas num ponto turístico da vizinhança.

O balanço final da operação trouxe números modestos, porém organizados: 26 porções de cocaína totalizando 7,6 gramas, uma porção de maconha de 0,6 gramas, um celular e impressionantes R$ 10 – o caixa do dia. Todo o material, juntamente com os envolvidos, foi encaminhado à Delegacia de Polícia.

No fim, uma operação eficiente, um flagrante preciso e mais um empreendedor do crime interrompendo suas atividades – talvez para refletir sobre locais mais discretos que uma praça com crianças.

Fonte: Umuarama News