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Terça-feira, 18 de Novembro de 2025
Polícia Federal deflagra Operação Piperita e mira o crime organizado em Guaíra
Casal é preso e Justiça sequestra fazenda usada como mega-depósito no combate ao tráfico internacional de toneladas de maconha
A Polícia Federal (PF) deu um duro golpe no esquema de tráfico internacional de drogas nesta terça-feira (18) ao deflagrar a Operação Piperita na região de Guaíra, no Oeste do Paraná, área estratégica para o crime organizado devido à sua proximidade com a fronteira. A ação representa uma resposta contundente das autoridades federais contra a crescente utilização da região como rota e ponto de armazenamento de grandes carregamentos de entorpecentes.
O Início das Investigações e a Ação de Inteligência
As apurações que culminaram na Operação Piperita tiveram início a partir de uma descoberta crucial: a Delegacia da Polícia Federal em Guaíra identificou um vultoso carregamento de maconha. A constatação inicial serviu como ignição para uma série de diligências e ações de inteligência que se estenderam por um período não revelado, visando mapear a estrutura criminosa por trás do volume de drogas.
O trabalho investigativo minucioso permitiu aos agentes federais avançarem na identificação dos indivíduos envolvidos no esquema. A estratégia de inteligência focou em rastrear a logística da quadrilha, desde o transporte e armazenamento até a distribuição da droga, que, dada a localização da apreensão e o histórico da área, é suspeita de ter origem em países vizinhos e destino a grandes centros urbanos no Brasil e, possivelmente, no exterior.
Prisões em Palotina e Sequestro de Bens
O ápice da operação ocorreu na manhã de hoje, com o cumprimento de dois mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça Federal. As prisões recaíram sobre um casal residente na cidade de Palotina, município vizinho a Guaíra. De acordo com as investigações da PF, o homem e a mulher eram os responsáveis diretos por um imóvel rural que funcionava como um verdadeiro “depósito” para o esquema de tráfico.
No local, foram encontradas e apreendidas toneladas de drogas, indicando a dimensão e a capacidade logística da organização criminosa em questão. A prisão do casal é considerada um passo significativo na desarticulação da cadeia de comando, pois eles seriam peças-chave na custódia e gerenciamento do estoque ilícito.
Paralelamente às prisões, a Justiça Federal acatou o pedido da PF para a efetivação de medidas de sequestro patrimonial. O imóvel rural que servia de depósito para a droga foi imediatamente sequestrado, visando descapitalizar o crime organizado. Mais do que isso, as medidas atingiram um patrimônio de grande porte: uma fazenda de grande porte no mesmo município também foi bloqueada por ter sido comprovadamente utilizada para a prática criminosa. O sequestro de bens como este é fundamental no combate à lavagem de dinheiro e na busca por ressarcir a sociedade pelos danos causados pelo tráfico.
Foco na Organização Criminosa
Em nota oficial, a Polícia Federal reforçou que as investigações não se encerram com as prisões e apreensões desta terça-feira. A Operação Piperita entra agora em uma nova fase, focada na identificação de todos os envolvidos e, principalmente, na apuração da possível existência de uma robusta organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de drogas.
A suspeita é de que o esquema envolva diversos elos, desde fornecedores na fronteira, passando por operadores logísticos e financiadores. A análise do material apreendido, como documentos, dispositivos eletrônicos e o volume de drogas, será vital para traçar o organograma completo e levar à Justiça outros membros da quadrilha.
A PF sublinha a importância da colaboração da sociedade no enfrentamento a este tipo de crime. A corporação reforça que continua recebendo denúncias, inclusive de forma anônima, por meio de seus canais oficiais de comunicação, como o “Comunica PF”, garantindo o sigilo e a segurança dos denunciantes. A continuidade das investigações promete revelar mais detalhes sobre a atuação e a rede de conexões do tráfico internacional na fronteira do Paraná.
Fonte: Umuarama News

















