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Quarta-feira, 26 de Novembro de 2025

Polícia prende 28 integrantes de quadrilha do ‘golpe do presente’ que desviou R$ 14 mi; esquema fez 270 vítimas no Paraná

Entre os presos estão os autores intelectuais, operadores financeiros e os motoboys que vinham de São Paulo para aplicar o golpe; entenda

Uma operação da Polícia Civil do Paraná, com apoio da Polícia Civil de São Paulo, prendeu temporariamente 28 integrantes de uma organização criminosa que aplicava o chamado “golpe do presente”. O grupo atuava há mais de um ano e movimentou mais de R$ 14 milhões, fazendo ao menos 270 vítimas no Paraná e outras em quatro estados.

De acordo com o delegado Emmanoel David, responsável pela investigação, entre os presos estão os autores intelectuais, operadores financeiros e os motoboys que vinham de São Paulo para aplicar o golpe. Os alvos são todos do estado de São Paulo, especialmente de São Bernardo do Campo, Diadema e da capital.

O golpe do presente começa com dados simples das vítimas, como nome e aniversário, obtidos com facilidade pela internet. Os criminosos se passam por floriculturas ou lojas de chocolate e enviam um motoboy até a casa da vítima com flores ou chocolates, que supostamente teriam sido enviados por alguém conhecido. Eles alegam que precisam cobrar uma taxa de entrega.

“Algumas vítimas acreditavam estar pagando R$ 5 de frete daquela entrega, mas o prejuízo superava R$ 10 mil ou até R$ 30 mil, dependendo do limite disponível no cartão. Os criminosos usavam maquininhas adulteradas ou aplicativos modificados, que captavam os dados via bluetooth. Em alguns casos, a vítima tentava pagar em dinheiro, mas o criminoso insistia para que o pagamento fosse no cartão, única forma de o golpe funcionar” explicou o delegado.

Para tentar dificultar o rastreamento do dinheiro, os valores obtidos eram diluídos em diversas contas, numa clássica técnica de lavagem.

Grupo criminoso reincidente A mesma organização já havia sido presa em flagrante no Paraná pelo menos duas vezes, além de ter sido detida em ações semelhantes no Mato Grosso e em São Paulo. Mesmo após prisões anteriores, continuaram atuando. Ainda de acordo com o delegado, somente no Paraná, 270 vítimas procuraram a Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência, mas o número real pode ser maior, já que muitos não denunciam por vergonha ou falta de esperança na recuperação do prejuízo.

As investigações continuam a fim de localizar demais envolvidos no esquema criminoso e esclarecer por completo os fatos.

Fonte: Umuarama News

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